domingo, 7 de outubro de 2012

Capítulo III


Algumas Viagens

Versão Um (provavelmente a mais realista):

Ronaldo começou a vomitar.
Repetiu-se esse evento por cinco ou sete vezes, lavando o muro e a manga de seu casaco de couro, enquanto Durval assistia a tudo em um canto estupefato.
Nisso avistou Sylvia conversando com a vizinha do prédio ao lado e pediu a ela que entrasse em contato com o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), o que ela fez de imediato, mencionando durante a ligação que se tratava de funcionário do Hospital (HPS).
Ao chegar a ambulância, minutos após o chamado, juntamente com um táxi que havia sido chamado por Vera e Tom (saudosos amigos que nunca mais vi). O táxi foi imediatamente dispensado por Ronaldo, pois avaliou que não tinha condições de utilizá-lo.
Embarcou na ambulância com auxílio da tripulação.
As histórias se divergem.

Versão 1:

Ronaldo fica em pé ao embarcar na ambulância.
Pela janela vê Sylvia junto ao muro falando ao telefone.
Pensa: “Logo agora, não!”.

Versão 2:

Dois pequenos retângulos.
Os dois tremulam que nem bandeira. No outro o rosto do Bart Simpson com o perfil do Elvis Presley.
Bart dá uma piscadela.
No mesmo instante, Ronaldo sente o gosto de café e cigarro na garganta.
Havia acabado de firmar um pacto de sangue com Sylvia. Deste momento em diante, seus atos ilícitos não seriam mais divulgados. Assim, os assassinatos havidos na Serra (entre os parentes do Alessandro teriam autoria desconhecida).
Continuando... Ronaldo não tinha noção exata da gravidade do que lhe acontecera, mas sabia que, em função disso, não trabalharia na segunda-feira.