Algumas Viagens
Versão Um (provavelmente a
mais realista):
Ronaldo começou a vomitar.
Repetiu-se esse evento por
cinco ou sete vezes, lavando o muro e a manga de seu casaco de couro, enquanto
Durval assistia a tudo em um canto estupefato.
Nisso avistou Sylvia
conversando com a vizinha do prédio ao lado e pediu a ela que entrasse em
contato com o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), o que ela fez
de imediato, mencionando durante a ligação que se tratava de funcionário do
Hospital (HPS).
Ao chegar a ambulância,
minutos após o chamado, juntamente com um táxi que havia sido chamado por Vera
e Tom (saudosos amigos que nunca mais vi). O táxi foi imediatamente dispensado
por Ronaldo, pois avaliou que não tinha condições de utilizá-lo.
Embarcou na ambulância com
auxílio da tripulação.
As histórias se divergem.
Versão 1:
Ronaldo fica em pé ao
embarcar na ambulância.
Pela janela vê Sylvia junto
ao muro falando ao telefone.
Pensa: “Logo agora, não!”.
Versão 2:
Dois pequenos retângulos.
Os dois tremulam que nem
bandeira. No outro o rosto do Bart Simpson com o perfil do Elvis Presley.
Bart dá uma piscadela.
No mesmo instante, Ronaldo
sente o gosto de café e cigarro na garganta.
Havia acabado de firmar um
pacto de sangue com Sylvia. Deste momento em diante, seus atos ilícitos não
seriam mais divulgados. Assim, os assassinatos havidos na Serra (entre os
parentes do Alessandro teriam autoria desconhecida).
Continuando... Ronaldo não
tinha noção exata da gravidade do que lhe acontecera, mas sabia que, em função
disso, não trabalharia na segunda-feira.